A CIRURGIA DE SLEEVE (Gastric Sleeve ou Gastrectomia Vertical)

Esta operação meio que surgiu por acaso. Começou sendo usada como a primeira parte da antiga operação de duodenal switch que em alguns pacientes exageradamente obesos era feita em 2 etapas com a intenção de minorar os riscos. Após alguns meses desta etapa inicial, quando o paciente perdesse parte do excesso e assim tivesse melhores condições operatórias, a segunda etapa (a que é alterado o fluxo do intestino) seria feita. Ocorre que os cirurgiões começaram a perceber que em muitos pacientes o resultado era bom apenas com a primeira etapa sendo a que a segunda em muitos casos era desnecessária. Assim, surgiu a Sleeve ou gastrectomia vertical. 

Nesta operação, não são feitas alterações no intestino mas somente no estômago que é operado de modo a retirar grande parte da sua "grande curvatura" que em outras palavras é o lado curvo do lado direito (de quem vê) do estômago.


Suas vantagens são:

  • Esta operação tem menor risco de complicações e reinternações no pós-operatório;
  • Também por não alterar a passagem do alimento pelo duodeno (primeira parte do intestino), não há a diminuição da absorção vista no Bypass gástrico e assim, em muitos casos não há necessidade de tomar vitaminas diariamente;
  • Pelo motivo acima, são mais raros os casos de pacientes com anemia severa ou osteoporose;
  • Não causa complicações como hérnia interna e intussepção (que podem acontecer com o Bypass gástrico)
  • Nos casos em que haja necessidade de cirurgia revisional devido a reganho de peso ou refluxo gástrico, esta operação pode ser convertida (transformada) em Bypass gástrico e portanto oferecer uma nova chance ao paciente;

Suas desvantagens são:

  • Pode não melhorar o paciente de refluxo gastroesofágico e, em alguns casos, pode até causá-lo. Em alguns casos, este pode ser severo a ponto de fazer o paciente fazer operação revisional;
  • Sua perda ponderal é levemente menor, quando comparada à do Bypass gástrico;
  • Não tem o efeito anti-diabético tão bom quanto nas operações tipo Bypass gástrico. Se o paciente tiver diabetes tipo II mais severo ou se já o tiver há muitos anos, o Bypass nestes casos está mais bem indicado;

Outras perações como Banda gástrica, Mason e Scopinaro não são geralmente mais recomendadas, às vezes por menor eficácia e às vezes por maiores riscos. 

Há operações que vêm ganhando muito espaço com a Bipartição do trânsito intestinal, criada e desenvolvida por um brasileiro, Dr. Sérgio Santoro, que é bastante eficaz e muito segura. No entanto, ainda estão a ser avaliadas para melhor conhecer os resultados de longo prazo. 

Também há o Bypass gástrico de anastomose única (OAGB ou Minibypass gástrico) é uma variante do Bypass que dá resultados muito bons.