Obesidade é simplesmente definida como excesso de peso.
Na antiguidade (e até mesmo no tempo de nossos avós) era sinônimo de saúde mas nos dias atuais, após a constatação de que acima de certos limites os seus portadores estão mais sujeitos a inúmeras doenças, ela passou a ser considerada uma doença. Uma epidemia, aliás, visto que a cada dia a sua incidência aumenta progressivamente.
Sabe-se que à medida em que o peso de uma pessoa aumenta, sobe também a sua mortalidade, o risco de surgimento de diabetes, hipertensão arterial, aumento das taxas de colesterol e triglicerídeos, refluxo gastroesofágico, infertilidade, impotência, problemas ortopédicos, derrames, etc.
Além dos problemas de saúde, há também a diminuição da qualidade de vida uma vez que os obesos enfretam obstáculos mesmo em tarefas cotidianas: maior dificuldade para se abaixar, cruzar as pernas, comprar roupas, praticar atividades físicas, manter relações sexuais, encontrar emprego, sentar-se em poltronas de avião e cadeiras com braços, passar em roletas de ônibus, ...
A obesidade também interfere com o status psicológico. Diversos estudos mostram que há entre obesos uma maior prevalência de depressão e transtornos de ansiedade sem mencionar que há uma diminuição da autoestima, dificuldade com relações interpessoais.
O excesso de peso a partir do qual se considera um paciente obeso é calculado de modo "matemático": divide-se o seu peso pelo quadrado de sua altura (IMC). O status do paciente é dado de acordo com a tabela abaixo:
IMC Classificação
<19 Abaixo do peso
19-25 Peso normal
25-30 Sobrepeso
30-35 Obesidade grau I (leve)
35-40 Obesidade grau II (moderada)
>40 Obesidade grau III (severa ou mórbida)
Na tabela acima, as cores não foram usadas aleatoriamente. Foram ficando mais para vermelho à medida em que sua saúde está em maior risco. Hoje, sabe-se que os obesos mórbidos têm em média 10 a 12 anos a menos de expectativa de vida quando comparados à população geral.