“Quando a esmola é grande, o santo desconfia”. É um ditado popular que traduz a impressão geral de que tudo que gera um grande benefício, talvez traga grandes problemas.
A cirurgia bariátrica traz inúmeras vantagens para o paciente e, assim, é possível imaginar que também gere restrições em sua qualidade de vida ou rotina diária posterior. O que costumamos dizer para os nossos pacientes é que as restrições que a operação causa são poucas.
Melhor dizendo, há mais restrições quando se está obeso mórbido do que depois da cirurgia. Afinal, quando o paciente está com grande excesso de peso, há vários empecilhos: dificuldade com movimentos (amarrar cadarços, acocorar-se, cruzar as pernas, entrar e sair do carro, calçar meias e sapatos, ...), dificuldades para fazer asseio, para viajar de avião, para comprar roupas, ter relações sexuais, etc.
Assim sendo, enumeramos abaixo as restrições causadas pela operação:
- O paciente deverá no pós-operatório se reeducar e passar a comer mais devagar e mastigar bem. Caso o paciente coma muito rápido, pode até mesmo ter vômitos;
- O paciente não deverá mais comer e beber ao mesmo tempo;
- Na primeira quinzena depois da operação, o paciente fica com a dieta restrita a líquidos. Depois disso, outra quinzena com dieta de alimentos pastosos;
- Nos primeiros 6 meses o paciente não pode em hipótese alguma ingerir bebidas alcoólicas;
- Nos primeiros 3 meses, não podem ser tomados líquidos gaseificados como refrigerantes ou água com gás;
- Mulheres só poderão engravidar após 1 ano da operação;
- Só poderão fazer esforços físicos maiores como carregar peso ou fazer exercícios abdominais após 30 dias.